Sabemos que as estatais não fazem parte da prioridade do Governo Federal neste momento. Ainda em 2018, durante a campanha, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que uma boa receita para o sucesso da economia seria a privatização de grande parte da máquina pública. A nova lei do saneamento, que vai atrair investidores para M&A (fusões e aquisições) é o mais recente exemplo dessa política.
No último dia 15 de julho a Lei 14.026, conhecida como o Novo Marco Regulatório do Saneamento, foi sancionada. Seu objetivo é universalizar o acesso da população à prestação de serviços no setor. Até então, a legislação obrigava o Estado a manter o controle das companhias e, agora, permite que a rede privada seja responsável pelos seus serviços, total ou parcialmente.
As concessões de estatais devem abrir um grande espaço para fusões e aquisições no país. Com esta mudança, diversas empresas podem entrar no jogo. Quer saber como? Veja no texto a seguir.
Por que vai mudar?
O fato é que, até hoje, o poder público não foi capaz de assegurar esses direitos básicos dos cidadãos. Um dos principais argumentos para a aprovação da lei foi justamente o fato de que os estados não têm dinheiro suficiente para investir o necessário para levar água tratada a todos os cantos do país.
Vale lembrar que mais de 30 milhões de pessoas não recebem água tratada no Brasil, e mais de 100 milhões não têm coleta de esgoto, segundo o Governo Federal. A meta é garantir que mais de 90% da população tenha esses serviços até 2033. Segundo um estudo do Ministério da Economia, caso haja a venda de todo o capital das empresas do setor, o valor arrecadado pode chegar a R$ 140 bilhões.
Os problemas enfrentados pelo governo são muitos. Podemos citar capacidade administrativa insuficiente, projetos mal planejados, impedimentos burocráticos para acessar algumas áreas e construir a estrutura para tratar a água, impedimentos ambientais, entre outros.
Seria um grande estímulo para os governos (federal, estaduais e municipais), que mostra o enorme potencial de ganho para os cofres públicos. Ao ampliarem as possibilidades de concessão, os investimentos pouco rentáveis podem ser direcionados para outras áreas, como saúde e educação, por exemplo, gerando um resultado muito mais satisfatório e efetivo.
Nova lei do saneamento atrai bons investidores para M&A
As regras mais modernas estão atraindo olhares de grandes companhias, até mesmo aquelas que não atuam no setor. Isso acontece porque a expectativa para os negócios é bastante positiva, considerando o cenário atual, pouco eficiente. É natural que haja interesse de diferentes companhias, principalmente aquelas que já lidam diretamente com consumidores.
A universalização do saneamento demanda altos investimentos, estimados entre R$ 500 bilhões e R$ 700 bilhões. A questão mais importante para os investidores é fazer parte de um projeto escalável, com chance alta de crescimento, seja por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP), concessões ou privatizações.
Entrar nesse setor é uma oportunidade levar água tratada e esgoto para locais onde não há, com mais qualidade, e ainda vai ajudar a retomar a economia depois da crise sanitária mundial que estamos vivendo. O desemprego, que aumentou consideravelmente, deve voltar a cair com esse estímulo para retomada da economia.
Mercado aquecido
Com essas pautas em pleno andamento, o mercado nacional deverá ficar bastante aquecido. Para as companhias que já fazem parte de um mercado com concorrência estatal, é uma boa opção unir forças e gerar valor, por meio de uma fusão. Por outro lado, a aquisição total de uma empresa pública é lucrativa para investidores, enquanto gera economia para o Estado.
Para qualquer escolha, é indispensável que as transações sejam seguras. Nesse caso, usar um data room virtual é uma ótima opção. São salas digitais para consultores, advogados, auditores, empresas ou investidores em transações de M&A. E como isso pode ajudar a sua empresa? É simples. Veja abaixo porque uma sala virtual pode ser mais interessante.