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Como estão os investimentos de Private Equity durante a pandemia no Brasil?

Atualizado: 25 de abr.

A pandemia e suas consequências devastadoras não foram capazes de frear os avanços dos investimentos de Private Equity, que continuam sendo uma grande tendência no mercado global.

A verdade é que os fundos de Private Equity começaram em alta na pandemia e, pelo visto, sairá dela da mesma forma.


Segundo o líder de Private Equity nos EUA, Manoj Mahenthiran, o dinheiro disponível para investimento, chamado por eles de “pólvora seca” permanece em nível alto, atingindo o recorde de US$ 2,5 trilhões no final de 2019, conforme publicado na CNNBRASIL.


Para saber como estão os investimentos de Private Equity no período pandêmico do Brasil, leia este artigo até o fim.


Características do Private Equity

Primeiramente, vale considerar que o Private Equity é um tipo de investimento que visa uma boa oportunidade de mercado. É realizado quando uma companhia percebe o início promissor de uma empresa e decide investir nela, de modo a impulsionar os seus resultados e aumentar o valor de mercado.


As vantagens desse tipo de transação são muitas, visto que o crescimento da empresa é acelerado com o investimento recebido.


Há a possibilidade de aumentar o reconhecimento e o nível de competitividade, otimização da gestão, sustentabilidade do negócio, abertura a novos mercados e muitas outras.


Utilizar bem o Private Equity demanda o conhecimento prévio da empresa-alvo, a análise de riscos, alinhamento de interesses etc.

Vale considerar que todo investimento é um risco, mas fazendo esse alinhamento inicial, já se podem manter as expectativas positivas para a transição desejada.


Os Impactos da Covid-19 nos investimento de Private Equity

A primeira coisa a ser considerada nesse contexto de pandemia é que muitas mudanças no comportamento humano vão acontecer, principalmente no quesito reunião de pessoas.


As preocupações acerca do vírus vai deixar na mente da população a inquietação pelos cuidados no contato com o outro. Na área da saúde, por exemplo, os investimentos em telemedicina tendem a crescer, visto que o atendimento à distância tornou-se prioridade.


Outro ponto que merece destaque é o setor de Tecnologia, afinal já era esperado que os avanços tecnológicos tomassem conta do mundo no futuro.


No entanto, a transformação digital foi acelerada com a pandemia e isso abriu um espaço ainda maior para os investimentos em Tecnologia que devem permanecer em alta daqui para frente, segundo Pedro Teixeira da LGT Lightstone, um dos mais importantes fundos de private equity da Europa.


Conforme dados divulgados na Economia UOL, os investimentos em Private Equity que mais ocorreram até o primeiro trimestre do ano foram nas empresas de serviços financeiros (24%) e tecnologia da informação (13%).


Vale considerar que o cenário de pandemia do Brasil, deixou tudo incerto para o Private Equity, no entanto o que já se pode ver é que esses investimentos não foram afetados diretamente pela crise econômica do país.


Private Equity bate recorde no Brasil

Mesmo com as restrições sociais consequentes da pandemia instalada em todo o mundo, a indústria de capital de risco cresceu no Brasil e mundo no ano de 2020, mantendo-se em alta nos primeiros meses de 2021.


A aceleração das soluções digitais como meio de enfrentamento da pandemia foi uma porta aberta para que os investimentos nas startups através de Private Equity batessem recorde.


De acordo com investidores de capital de risco, o investimento no setor de Tecnologia tende a crescer cada vez mais, sendo que essa opção já era bastante cotada antes mesmo do início da crise.


O Brasil é um país famoso por gerar inúmeras oportunidades, em meio às dificuldades e isso mantém o cenário otimista para os próximos meses.


Essa é a primeira vez que a captação global alcança a marca de US$ 100 bilhões em apenas um trimestre, crescendo em 94% frente ao primeiro trimestre de 2020.


Índices por estágio de investimento

Analisando melhor o panorama de investimentos separando por estágios, nós temos:

- As rodadas sementes acumularam US$ 4,1 bilhão no trimestre, crescendo em 5,1% frente ao primeiro trimestre de 2021.

- Os investimentos de série A e B (estágio inicial) cresceram, com US$ 35,5 bilhões (+45% trimestre, +63% ano).

- Os investimentos de série C em diante (estágio avançado): alcançaram US$ 85,6 bilhões (+56% trimestre, +122% ano), batendo recorde.

Os principais setores de investimentos foram saúde, serviços financeiros, transporte e varejo.


Venture capital e Private Equity no Brasil

Segundo a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e a consultoria KPMG, os investimentos de Venture Capital e Private Equity atingiram R$ 10,71 bilhões no primeiro trimestre de 2021, crescendo em 88% frente aos primeiros meses de 2020.


O crescimento por empresa em Private Equity foi de R$ 277 milhões, com foco nos setores de TI, Serviços financeiros, comunicação/mídia, saúde/estética, varejo.

Em suma, pode-se concluir que a pandemia intensificou o interesse por compras digitais e startups, com foco em novos negócios e investimento.

Tendências do Private Equity no contexto atual

Transações de M&A postergadas e perdendo força no início da pandemia estão muito aquecidas, com adaptação à nova realidade e melhora no cenário de incerteza.

• Várias formas de aquisição/joint ventures/dívidas conversíveis sendo consideradas;

• Alternativa atraente de investimento;

• Novas captações feitas com pessoas físicas, que podem encontrar nos PEs e VCs, alternativas de investimentos não disponíveis no passado;

• Fundos de Impacto sendo criados e ESG no centro das análises e avaliações das empresas;

• Janela de saída por meio de IPOs para portfólios companies prontas para o desinvestimento, considerando a recuperação do mercado de ações.


Conclusão

Por fim, o contexto de pandemia no Brasil não somente influenciou no aumento dos investimentos em Private Equity, como também bateu recordes inimagináveis.

Como apontam as projeções, o setor de Tecnologia deu um alto e continuará em crescimento, chamando a atenção dos investidores que permanecem em busca de boas e novas oportunidades no mercado.


A partir da combinação de liquidez e juros baixos, a indústria de Private Equity ganhou força e tende a permanecer crescente nos próximos anos.

Com o efeito das vacinas e o reaquecimento da economia, o mercado de investimentos anseia por uma recuperação ainda maior e os investidores brasileiros buscam por investimentos alternativos e um retorno mais alto.

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