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Entenda por que IPOs podem ser um fator de impulsionamento para M&A em 2023

Atualizado: 23 de abr.

Quando uma empresa abre o capital na bolsa de valores chamamos de IPO – em tradução livre do inglês Initial Public Offering, que significa “oferta pública inicial".

Esse segmento, no segundo semestre de 2022 ficou desaquecido, por conta de algumas instabilidades geopolíticas no Brasil e no mundo. Como exemplo, temos as eleições presidenciais no Brasil, a inflação mundial, a retomada das atividades pós-pandemia e também a guerra entre Rússia e a Ucrânia, que gera diversas instabilidades, principalmente no continente Europeu.

Até o mês de setembro de 2022, caíram em 2% as transações de fusões e aquisições, quando comparado a 2021.

Porém, a expectativa é que haja um novo período de alta em 2023, principalmente quando falamos em M&A, impulsionada por novas aberturas de IPOs que deveriam ter sido abertas em 2022, mas seus gestores desistiram por conta do cenário incerto do mercado.

Continue a leitura deste conteúdo e entenda quais as expectativas e o porquê IPOs podem ser um fator de impulsionamento para M&A em 2023.


Retomada de capital


Com o aumento da Taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) suspenso desde setembro de 2022 em 13,75%, a expectativa para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), é que a taxa seja mantida ou reduzida. As reuniões estão agendadas para o início do mês de dezembro deste ano.

Dessa forma, empresas como a Kalunga, Dori Alimentos, Madero e a Companhia Riograndense de Saneamento, que desistiram de disponibilizar IPOs em 2022 devido às condições de mercado, devem retomar seus planos de fazer oferta pública de ações na bolsa.

Há também a expectativa que a inflação estabilize: conforme o Boletim Focus de 11 de novembro, divulgado pelo Banco Central (BC), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 será de 4,94%, sendo que estamos em 5,82%. Nesse boletim, a taxa Selic para 2023 está prevista para 11,25% a.a., o que traz maior vantagem em investir.


Valorização dólar x real


Nos Estados Unidos, os indicadores de inflação estão em alta para 2023, o que indica possível “fuga" de recursos.

Por consequência, o Brasil se mostra um terreno fértil para investimentos: temos a previsão de menor inflação, menor taxa de juros e moeda menos valorizada quando em comparação ao dólar. Ou seja, o Brasil volta a ficar mais atrativo para investimento de capital estrangeiro.

Assim, há a expectativa de mais empresas estrangeiras negociando na bolsa brasileira em 2023, por consequência, há o aquecimento do setor de M&A no próximo ano.

Os investidores que, por condições favoráveis do mercado, conseguiram acumular mais capital nesse período, que possuem boa liquidez de recursos, são o foco. Esse perfil de investidor costuma ter mais interesse em adquirir na bolsa a participação societária das empresas e podem, portanto, adquirir parte ou do todo da empresa: é aí que entra o mercado da operação de M&A.


“Crescimento de dois dígitos"


De acordo com o responsável por finanças corporativas da Kroll, Alexandre Pierantoni, ao Estadão, nós, no setor de M&A brasileiro, “podemos ter uma nova mudança de patamar, com crescimento de dois dígitos".

O crescimento se dá porque, além do cenário econômico favorável, o Brasil se estabeleceu como um território neutro e independente do conflito entre Rússia e Ucrânia, o que é importante para grandes investidores estrangeiros.

Assim, o mercado dá abertura de capital da empresa na bolsa de valores promete impulsionar, em 2023, a fusão e aquisição de empresas para além do que temos visto nos últimos anos.


Acionistas estratégicos


Os investidores estarão mais estratégicos em suas movimentações. Com a taxa de juros mais atrativa, há mais vantagem em impulsionar a renda variável e buscar aquisições.

Os setores mais promissores, nesse sentido, e que atraem os olhos dos grandes players do mercado, são as empresas de:

  1. Saúde;

  2. Internet;

  3. Software;

  4. Tecnologia da Informação;

  5. Serviços de tecnologia.

Sustentabilidade ambiental e responsabilidade nas empresas


A empresa que visa investidores para M&A, precisa, além de ter boas perspectivas no contexto Brasileiro, implantar e manter o compromisso com ESG (Environmental, Social and Governance). Esse fator está chamando a atenção dos investidores.

Isso ocorre em razão do ESG compreender práticas para garantir maior sustentabilidade ambiental, responsabilidade social, relacionando, ainda, a ética e governança dentro da gestão das instituições. A prática da ESG também reflete na rentabilidade da empresa, e não apenas na imagem geral da corporação.

O ESG também está relacionado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) elencados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que contém práticas e objetivos a serem cumpridos coletivamente até o ano de 2030: são menos de oito anos para o cumprimento.


Fusões e aquisições em 2023: se prepare


Se você já pensa em fazer um projeto de fusões e aquisições (M&A) em 2023, vá em frente! Como dissemos ao longo deste conteúdo, o mercado estará aquecido e favorável para esse tipo de negociação, sendo por meio de IPOs ou não.

Seja por meio de soluções para empresas que fazem M&A, por consultoria, assessoria jurídica, e demais procedimentos técnicos envolvidos, é possível gerar estratégias para se beneficiar indiretamente da alta prevista para o mercado de fusões e aquisições de empresas.

Com um planejamento adequado, é possível atender ao setor de M&A em todo o Brasil, se adequando as necessidades do tema.

Para se manter atualizado sobre M&A, assim como mais dados a respeito de tecnologia e empreendimentos, continue navegando pelo nosso blog agora mesmo e veja como podemos te ajudar!


Fontes:

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