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Cibersegurança: saiba o que é e qual sua importância nas estratégias de M&A?

Atualizado: 29 de abr.

Os processos M&A envolvem levantamento de uma grande quantidade de dados acerca das empresas. É preciso agregar informações de diversos setores para estabelecer o valuation, análise de valor, bem como realizar o due dilligence, que estudará a viabilidade do processo. Por essa razão, a cibersegurança é muito importante para garantir que não ocorram problemas no compartilhamento desses dados, como a interferência de mal-intencionados e exposição de informações sigilosas. O cuidado com a segurança ajuda a garantir o sucesso das transações e evita transtornos inesperados para as companhias envolvidas. Se quiser aprofundar sua visão sobre o assunto, aproveite para conferir o resto do conteúdo. Boa leitura!

O que é cibersegurança? Define-se como cibersegurança o conjunto de estratégias para assegurar proteção de ativos de software, de hardware e equipamentos da infraestrutura de redes contra ataques virtuais que comprometem os dados e o sigilo deles. Ou seja, são técnicas e abordagens para proteger as empresas no mundo online. Isso inclui monitoramento dos sistemas e da rede, bem como um planejamento que define quais são os riscos para um determinado contexto e quais serão as estratégias de mitigação dessas ameaças. No geral, permite que a gestão obtenha mais conhecimento sobre as operações e sobre o mercado. Atualmente, o número de crimes no mundo virtual tem aumentado vertiginosamente: tentativas de fraudes, ataques contra servidores, criação de páginas falsas para roubar dados e propagação de códigos maliciosos são algumas das abordagens mais comuns para esse fim. Nesse sentido, é importante estabelecer uma política que defenda a empresa contra esse tipo de atividade. Afinal, se temos uma concentração maior de dados nos bancos de dados e sistemas empresariais, há motivos para preocupação. Quanto maiores as bases, maior deve ser a responsabilidade, pois a negligência pode representar perdas que impactam o financeiro e a imagem, como veremos adiante neste texto.

Diferenças para a segurança da informação Existe muita confusão entre a cibersegurança e a segurança da informação, mas cabe definir as distinções entre os conceitos. A segurança da informação inclui uma certa preocupação adicional com pessoas e suas práticas, bem como questões como o uso de senhas fortes. A cibersegurança, por sua vez, traz um sentido mais estrito e técnico, focado em prevenir ataques e em proteger os ativos. Contudo a cibersegurança é parte da segurança da informação e também compartilha alguns de seus fundamentos. Os pilares, por exemplo, podem valer para ambos: confidencialidade, integridade e disponibilidade. O foco é levantar estratégias que ajudem a manter controle de acesso para que as informações só sejam compartilhadas com quem realmente tem autorização para visualizá-las. Ou seja, os interessados na transação ou no projeto. Da mesma forma, é fundamental manter os dados limpos e em boa condição de uso. Por fim, a segurança inclui a ideia de que as informações devem estar sempre disponíveis para serem recuperadas. Por mais que esse assunto seja relevante, muitas empresas ainda negligenciam o tema. Segundo um estudo do instituto Ponemon, apenas 42% dos profissionais pensam que as organizações investem o suficiente em proteção, ao passo que 58% das companhias dessas não educam os colaboradores sobre essa questão.

Por que a cibersegurança é importante? Diante disso, é sempre importante ressaltar a necessidade da cibersegurança, compreendendo os motivos pelos quais as companhias devem investir nisso. Veremos alguns deles a seguir.

Redução de custos Considere uma empresa depois de um ataque virtual desastroso. Esse crime causou muitos problemas porque não haviam políticas de proteção e nem um cuidado com a segurança. Os colaboradores gerenciavam arquivos importantes sem nenhum cuidado e treinamento, o que deixava a companhia vulnerável. Se um ataque como esse acontece, uma das principais implicações é o aumento dos custos, o que pode se tornar até mesmo incontrolável. Isso porque a empresa deve investir na recuperação dos desastres e pagar para retomar suas atividades, adquirindo novos sistemas para substituir aqueles que foram corrompidos e pagando o suporte para ajustar os problemas, por exemplo. Ademais, caso dados pessoais de clientes e colaboradores tenham sido expostos, ela deve arcar com indenizações e multas por falta de conformidade com as leis que regem o assunto. Por isso, a conclusão natural é que: a cibersegurança ajuda a reduzir custos ao prevenir esse tipo de transtorno. A organização mantém suas finanças estáveis e suas operações seguras, o que contribui para o balanço positivo no final do mês.

Previsibilidade Outra questão é a previsibilidade. Com o investimento em proteção, as empresas conseguem se manter estáveis e consistentes, o que garante a capacidade de prever a finalização de projetos ou transações. Se tudo está em dia, dentro das regras, e o monitoramento das ameaças está detectando problemas corretamente, é mais fácil seguir com o fluxo de trabalho e garantir o resultado esperado. A previsão do fluxo de caixa, por exemplo, é mais certeira. Sabemos que essa é uma atividade comum para companhias que desejam realizar grandes saltos como um IPO (Oferta Pública Inicial) ou até mesmo se envolver em fusões e aquisições. Se o planejamento garante a administração dos riscos e o controle de custos, dá para confiar nas estimativas, sabendo que não haverão grandes imprevistos não-planejados.

Sustentabilidade O gerenciamento da segurança pode ser parte do processo de due dilligence, que compõe as fusões e aquisições. Antes do processo de fusão de empresa, por exemplo, as entidades devem realizar uma profunda análise de todos os dados de questões fiscais, organizacionais, financeiras e legais, mas também de aspectos relacionados aos riscos e à proteção para garantir que será viável finalizar a transação. Ou seja, a cibersegurança é crucial para que as empresas se tornem sustentáveis e se mantenham capazes de oferecer lucro aos seus acionistas e investidores. Afinal, como já falamos, a proteção ajuda a prevenir problemas maiores, por isso, representa um cuidado maior com as finanças.

Cuidado com a privacidade Privacidade. Essa palavra ganha um peso maior a cada dia. O cuidado com dados pessoais e sensíveis deve sempre considerar os direitos de cada titular e sua privacidade. A cibersegurança ajuda a gerenciar esses fatores e a manter proteção, pois possibilita que os dados sejam mapeados e que os sistemas sejam devidamente protegidos. Dessa maneira, é possível gerenciar melhor o uso dessas informações.

Melhoria da reputação Uma empresa que cuida da segurança consegue se destacar no mercado e alcançar uma boa reputação. As características que já falamos atraem a atenção de investidores e outras empresas, o que significa que boas oportunidades de negócio podem surgir. Uma boa imagem também é essencial para conquistar clientes com mais facilidade, bem como fazer com que eles confiem e se tornem fiéis à organização.

Proteção de propriedade intelectual Em processos M&A, a propriedade intelectual é um ativo que deve ser guardado com muito cuidado. Afinal, compreende uma série de informações fundamentais acerca da corporação e da marca que não podem ser comprometidas. A cibersegurança ajuda a proteger esses dados e a manter o sigilo, com o controle de acesso e da qualidade das informações.

Quais os riscos para fusões e aquisições caso haja falha na cibersegurança? As fusões e aquisições envolvem análises constantes de ameaças, como já vimos. Por essa razão, a negligência implica uma quantidade imensa de riscos que podem trazer sérios prejuízos para as companhias. Um determinado estudo da Forescout Technologies deixou bem claro: 53% das empresas encontram pontos críticos na questão da segurança que comprometem os processos M&A. Um dos fatores é justamente o término da transação. Vulnerabilidades facilmente afetam o andamento do processo ao forçar que ele seja interrompido abruptamente. Isso pode ocorrer por conta de instabilidades dos sistemas, por exemplo. Outra questão é a falta de agilidade e velocidade no processo, o que faz com que os prazos estimados não sejam respeitados. Afinal, caso incidentes tenham que ser reparados, as entidades envolvidas perdem muito tempo. Além disso, ataques causam danos à reputação dos clientes e colaboradores, pois podem se alastrar e ser utilizados para fins escusos e mal-intencionados. Além disso, uma interferência externa pode causar fraude no processo, o que coloca em risco os valores que foram investidos. Vale mencionar também as perdas de dados importantes dos clientes e dos colaboradores internos da companhia. Ou até perda de dados fundamentais da empresa. Se as companhias não costumam compartilhar arquivos para M&A em plataformas seguras que integram as informações, por exemplo, esse risco aumenta. Questões de licença de funcionamento, licenças dos ativos, lista de diretores/acionistas e contratos podem ser extraviados. Se a migração for feita de maneira negligente, sem um cuidado com a segurança, a perda pode ocorrer também. Esse fator pode prejudicar a reputação da empresa, como já vimos. Em alguns casos, essas brechas representam até mesmo diminuição do valor da empresa no processo M&A e no mercado.

Como usar a cibersegurança a seu favor em fusões e aquisições? Como, então, implementar cibersegurança? Como utilizar suas estratégias para otimizar as transações M&A? Veremos as respostas neste tópico.

Alinhamento com regulamentações Uma das abordagens mais interessantes é o alinhamento com as regulamentações vigentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que trata da privacidade no Brasil. Isso é importante, pois esse cuidado vai assegurar sustentabilidade da empresa participante do M&A e a continuidade do processo sem nenhum bloqueio por parte de autoridades fiscalizadoras.

Criptografia e backups Vale destacar também o uso de criptografia e de backups. A criptografia consiste na proteção de informações com códigos secretos que só podem ser desvendados por quem enviou e por quem vai receber. Assim, essa estratégia impede a ação e interferência de mal-intencionados no envio de dados. Já os backups são cruciais para proteger os arquivos ao proporcionarem versões de segurança guardadas em outro local. Dessa forma, caso um determinado sistema seja comprometido, os dados não serão completamente perdidos, pois é possível recuperá-los de outras fontes. Essa abordagem é fundamental para evitar problemas de perdas de dados importantes, como contratos e licenças, que já mencionamos. Desse modo, as atividades podem continuar e o processo segue mesmo depois de algum problema.

Plano de segurança Chegamos, assim, ao plano de segurança. Esse planejamento inclui a definição das políticas globais de controle que abrangem quais ferramentas serão utilizadas, levantamento dos principais riscos, bem como ações para recuperação de desastres. Esse documento determina o uso dos antivírus, firewalls e outras soluções específicas, gerando mais organização e transparência para o M&A.

Análise e relatórios de risco Os relatórios ajudam a analisar e identificar os riscos, mas também a estabelecer o impacto deles para o negócio em termos quantitativos e qualitativos. Assim, as entidades participantes do M&A terão plena noção das ameaças ao processo e de perigos futuros, que podem ocorrer com a união ou aquisição já concluída. Ou seja, essa análise permite maior previsibilidade.

Integração As estratégias de segurança direcionam as empresas para a integração, e isso é muito importante. Afinal, manter os dados em um só local facilita o controle e a gestão da proteção deles. Ou seja, em vez de contar com dados dispersos, a empresa dispõe de ferramentas que concentram essas informações. Desse modo, será possível consultar dados com mais facilidade nas transações M&A e compartilhar para quem for autorizado.

Monitoramento de acesso e uso em tempo real do sistema Como falamos no começo do artigo, o monitoramento é uma questão-chave em cibersegurança. O acompanhamento das atividades da rede e das condições dos sistemas favorece a continuidade das transações e permite uma visão mais ampla, que identifica problemas antes mesmos que eles se tornem maiores. Ademais, a empresa ganha a possibilidade de agir em tempo real contra as ameaças e mitigar os riscos de maneira precisa e eficaz. Com isso, problemas de fraudes nas transações podem ser identificados com apenas pequenas movimentações e ações suspeitas, por exemplo.

Qual a importância de ter parceiros de cibersegurança para contribuir nos processos de M&A? Contratar parceiros para o tratamento da segurança é uma estratégia inteligente. Afinal, essa abordagem garante que a empresa principal foque outros aspectos do processo M&A e não precise gastar tanto tempo e esforço em manter as atividades seguras. Além disso, caso ocorra algum imprevisto, os parceiros garantirão a retomada das atividades e o seguimento da transação. Também é interessante porque a contratante é beneficiada pela expertise e pela experiência das empresas contratadas. Essas competências ajudam a suprir possíveis gaps de conhecimento da equipe interna. O parceiro ajudará com identificação e avaliação de riscos, oferecendo uma visão mais ampla, menos apegada ao negócio e mais conectada com o mercado. Da mesma forma, a empresa externa auxiliará com as estratégias de mitigação dos perigos e com a definição dos planos, adaptando as abordagens de acordo com o contexto. Assim, as entidades envolvidas nas fusões/aquisições garantem maior previsibilidade e acordo com relação aos valores na negociação e conseguem finalizar o processo com sucesso. Como vimos, a cibersegurança é uma preocupação necessária para empresas que participarão de processos M&A, pois garante a continuidade do processo e aumenta as probabilidades de sucesso de uma transação. Gostou do conteúdo? Então conte-nos sua opinião sobre o assunto!

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