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Aquisição de empresa familiar: como se preparar para um M&A?

Atualizado: 15 de abr.

Processos de M&A (fusões e aquisições) são uma tendência atualmente, sendo considerados uma boa alternativa para que as companhias se mantenham dinâmicas e competitivas. Dentre eles, um dos mais comuns é a aquisição de empresa familiar, que ocorre por conta da natureza complexa desse tipo de negócio. Para os profissionais do mercado financeiro, é importante conhecer os fatores relevantes acerca dessa estratégia e quais cuidados são importantes antes de começar. Assim, é possível otimizar o processo e evitar gargalos que interferem no decorrer das atividades. Com isso, os objetivos são alcançados em menos tempo e a fusão/aquisição é bem-sucedida. Para aprender mais e dominar o assunto, confira as seções a seguir.

O que são Mergers and Acquisitions (M&A)? O termo Mergers and Acquisitions (M&A), traduzido para fusões e aquisições, representa tipos de transações comuns entre empresas que envolvem contratos e acordos legais e mudanças profundas. São bem diferentes, no entanto, com particularidades especiais e aspectos específicos.

Fusão A fusão consiste na união entre duas empresas para formar uma terceira organização independente. Ou seja, as duas companhias que formaram a nova entidade são descontinuadas, e os esforços se voltam para o novo projeto. Naturalmente, trata-se de uma estratégia de risco maior, que, por isso, deve ser feita com um planejamento e uma análise das motivações e expectativas. Essa operação ocorre frequentemente com organizações do mesmo segmento que se unem para criar um negócio mais sólido e com maior presença dentro do nicho. Com a aglomeração das tecnologias, pessoas e conhecimentos, é possível alcançar novos resultados e explorar diferentes oportunidades. A forma de pagamento acontece com a permuta das ações das corporações.

Aquisição Já a aquisição, por sua vez, é o processo de compra de uma empresa por outra, com o pagamento por meio de ações, títulos ou dinheiro mesmo. Ou seja, diferentemente da fusão, nesse caso, a organização adquirente X continua existindo, mas a organização Y, que foi comprada, deixa de existir. A força, capacidade de gestão e todos os recursos de Y se tornam parte de X. As aquisições geralmente não estão associadas com o nicho das companhias envolvidas, ou seja, pode acontecer entre marcas de segmentos distintos. Há um risco menor, se comparado com a outra operação, mas também necessita de um planejamento e trabalho de análise dos fatores relevantes. Além do que citamos, existe outro fator que diferencia os dois: a fusão depende da vontade e da iniciativa conjunta de todas as partes envolvidas, ao passo que a aquisição comumente parte da proposta de um comprador.

O que considerar antes da aquisição de empresa familiar? Como mencionado na introdução, a aquisição de empresas familiares é um processo comum. Isso ocorre porque esse tipo de negócio enfrenta alguns desafios que não ocorrem em outras organizações, uma vez que envolve hierarquia familiar. Depois da morte dos gestores principais, por exemplo, a companhia geralmente passa a ser gerenciada por algum membro descendente da família. Esse membro pode não ter interesse na vida empresarial, assim, precisa achar alguém interessado para comprar a corporação. Mesmo que esse seja um dos principais motivos, não é o único: em alguns casos, a motivação inicial é a vontade de recuperar os negócios de uma grande crise. Existem alguns pontos a se considerar antes que uma empresa decida realizar uma aquisição de companhia familiar. São eles:

  1. tempo de atuação da empresa no mercado;

  2. posicionamento no mercado;

  3. carteira de clientes;

  4. capital humano;

  5. cultura organizacional;

  6. potenciais clientes. É importante avaliar esses fatores, a fim de propor algo que seja mercadologicamente relevante para a companhia-alvo. Também vale ficar atento ao fato de que muitas organizações familiares não apresentam conhecimento acerca de processos M&A, por isso, podem demonstrar dificuldade para se adequar. Além disso, muitas organizações familiares apresentam uma gestão menos profissionalizada, conflitos entre sócios, menos preparo e maturidade. Essas informações também devem ser consideradas.

Por que uma empresa opta pela estratégia de Fusões e Aquisições? Uma transação como essa ajuda os empresários a alcançarem novos rumos, novos modelos de negócio ou se tornarem ainda mais especialistas no que já fazem. Veremos a seguir alguns pontos que levam uma companhia a optar por essa estratégia.

Busca de vantagem competitiva Uma das razões é o aumento de vantagem competitiva. Às vezes, uma fusão ou aquisição ajuda as companhias a desenvolverem novas abordagens na relação com os clientes, o que as destaca no mercado. Uma fusão de duas grandes marcas em um determinado segmento é capaz de gerar uma terceira entidade mais forte, com experiência e recursos para oferecer melhores experiências aos consumidores. Assim, a união atenua a força da concorrência.

Expansão de mercado Outro motivo comum é a expansão do mercado. Isso acontece quando as duas empresas não são tão similares, logo, a união entre ambas permite que novos direcionamentos sejam alcançados. Assim, é viável trabalhar estratégias específicas para crescer em locais e regiões diferentes e alcançar novos clientes, explorando oportunidades valiosas e lucrativas.

Diversificação de produtos Com a união de diferentes talentos e de recursos tecnológicos, é possível oferecer mais produtos, ou seja, uma variedade maior e mais abrangente. Dessa forma, a empresa alcança maiores mercados e consegue impulsionar o crescimento, com maior índice de lucro.

Quais e cuidados ter em transações M&A com empresas familiares? Quando se trata de transações envolvendo organizações familiares, alguns cuidados são imprescindíveis. É fundamental alinhar os objetivos e expectativas, a fim de evitar que o lado emocional interfira no processo. Da mesma forma, a cultura da corporação deve ser valorizada, com o respeito e reconhecimento do legado e história. É preciso lidar com possíveis resistências a mudanças que podem ocorrer e promover treinamentos acerca das abordagens de M&A. Por conta disso, o levantamento de dados pode ser um pouco demorado, mas é interessante contar com a tecnologia para otimizar o prazo e resolver gargalos.

Como se preparar para a aquisição de empresa familiar? Antes de começar, a empresa-alvo deve estar certa de seu valor de mercado, o que pode ser feito com um levantamento de valuation. Ao estudar o fluxo de caixa, taxas de desconto e informações relacionadas a possibilidades de investimentos, é possível chegar a uma quantia clara e definida. A transparência nessas informações também ajuda a garantir que haja um acordo entre ambas as partes. Com as expectativas alinhadas, segue-se para outro passo importante que antecede a aquisição: o due dilligence. Trata-se de uma auditoria que analisa todos os pontos relevantes antes de efetivar a transação, tais como: questões contábeis e financeiras, assuntos trabalhistas, fatores jurídicos, conformidade com as leis e questões ambientais. Assim, é possível eliminar e esclarecer os riscos envolvidos e garantir que o processo seja feito com um acordo entre as partes. Para analisar tudo isso com cuidado e segurança, é interessante adotar ferramentas tecnológicas que centralizam os dados para análise, como um bom Data Room. A aquisição de uma companhia familiar é uma operação que envolve muito cuidado e planejamento, além da necessidade de superação de alguns desafios comuns, como falta de uma gestão profissionalizada e de conhecimento sobre M&A. No entanto, existe a possibilidade de garantir um bom acordo entre as partes com análises aprofundadas e transparência nas informações. Gostou deste artigo sobre aquisição de empresa familiar? Aprenda a como escolher um Data Room para os processos de M&A.

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